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Atitude de nobreza

Queridos leitores,

Se existe algo que me deixa muito contrariada é ver uma pessoa começando sua vida profissional e, por ser competente (que no Brasil significa praticamente ser brilhante), passa a agir com arrogância, autoritarismo e soberba perante os colegas de trabalho ou colegas de profissão. É importante dizer que para liderar é preciso, antes, servir. Humildade é algo muito forte e que nos dias de hoje pode se tornar virtude. Quando agimos com soberba com as pessoas ao nosso redor, corremos o risco de perdermos oportunidades incríveis na carreira simplesmente pelo nosso jeito de falar com os outros.

No mundo corporativo isso está cada vez mais comum, especialmente entre a chamada Geração Y (que é a minha geração…). Os jovens profissionais saem das faculdades com aquele ar de “eu sei do que a empresa precisa”, mas nem sempre é assim e nem sempre eles sabem como abordar colegas e gestores com sugestões e propostas de mudanças. Inclusive, vale a pena passar um tempo de aprendizado, agregando a cultura da empresa, conhecendo os perfis dos colegas e sabendo tudo de sua função para, então, após alguns meses, sentar e conversar com o chefe sobre sua visão e sugestões de melhorias.

Um exemplo de comportamento naturalmente adotado por muitos jovens em início de carreira pode ser ilustrado pela personagem Natalie Keener, interpretada pela atriz Anna Kendrick no filme “Amor sem escalas”, estrelado por George Clooney. No filme a personagem é uma jovem profissional de RH que tenta implementar uma nova maneira de demitir pessoas por meio de um sistema de videoconferência, mas é confrontada pela experiência do veterano Ryan Bingham (Clooney), que mostra a ela o que significa, de fato, a função de demitir.

Além disso, é valoroso poder compartilhar conhecimento e ajudar os colegas em alguma situação, mesmo que não faça parte de sua rotina de trabalho. Seja humilde com os colegas e com o chefe e isso não quer dizer se humilhar e, sim, ser cordial, honesto e manso nas palavras e no comportamento. Esse é um exercício que se aprende uma vez e eu espero que se você precisar passar por essa aula, que não seja da pior maneira.

Por Marcela Conceição Brito

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