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Saúde para o dia-a-dia

Caros leitores,

Viver com equilíbrio tem sido um desafio cada vez maior para a maioria dos profissionais. O comentário de corredor corporativo mais comum de ser ouvido é “Como o tempo está passando rápido!” ou “Gente, nem senti o tempo passar!”. A realidade é que nossa percepção de tempo é exatamente essa porque hoje temos muito mais atribuições do que as gerações anteriores, em especial as mulheres, que, além de profissionais, esposas e mães, quase sempre são procuradas por colegas para cederem um ombro amigo em um momento de dificuldade quase sempre por inspirarem, naturalmente, um ar maternal.

Porém, organizações ao redor do mundo todo têm perdido seus colaboradores gradativamente para as doenças deste tempo, a exemplo do estresse, doenças de origem psicossomática, depressão, ansiedade, entre outras causadas pelos péssimos hábitos relacionados à saúde ocasionados pela preocupação excessiva com o trabalho. O mais triste e, infelizmente, é a mais pura realidade, é aceitar que você só é bom para a empresa enquanto você tem saúde boa. Mas vivemos o paradoxo, pois viver com saúde plena e em equilíbrio exige respeito aos limites de tempo, descanso, investimento em lazer, família, atividades físicas, no entanto as empresas precisam se manter competitivas, e seu maior patrimônio é sua força de trabalho, ou seja, as pessoas.

Enquanto o profissional não tomar as rédeas de sua vida profissional e respeitar seus limites, terminará a vida doente, sem o amor da família e sem a esperada e previsível consideração da empresa. Querem ver outro exemplo? Mulheres, experimentem contar que estão grávidas no trabalho. Eu não tenho dúvidas de que a primeira palavra que surge na cabeça de colegas de unidade e chefe é ‘problema’. As pessoas que receberão a notícia da gravidez com alegria e acolhimento são seus pais, familiares, sogros, marido e amigos íntimos. Grávida na empresa quer dizer alguém que deverá faltar mais, sair mais cedo, chegar mais tarde e ficar ausente no mínimo 6 meses.

Sem dúvida, famílias começaram a fracassar porque o apego a valores do trabalho conseguiu ser maior para homens e mulheres e esses não tiveram qualidade de tempo para ser investido na família. Índices crescentes de divórcio no Brasil demonstram que o trabalho, sem a menor sombra de dúvida, é prioridade, o que também favorece a origem de casos extraconjugais nos próprios ambientes de trabalho, afinal de contas a tentação de enxergar o (a) colega de trabalho mais interessante que o cônjuge é frequente, já que o maior tempo investido é nesse ambiente.

A saúde cotidiana depende de uma atitude de prioridade de valores ao que realmente agrega valor à nossa vida. Vale a pena deixar de ganhar reais ou dólares a mais em benefício de construir um lugar para onde se tenha prazer em voltar após o horário do trabalho, bem como vale a pena deixar de dedicar horas a trabalhos extras para caminhar no parque, no calçadão da orla ou andar de bicicleta. Enfim, cada pessoa saberá encontrar uma atividade que lhe traga satisfação. O resultado virá, inevitavelmente, com o tempo.

Por Marcela Conceição Brito

 

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