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A rádio-corredor

Queridos leitores,

Já faz um tempo que eu não escrevo aqui e muito se deve à iminente chegada da minha filha, muitos detalhes a resolver com meu marido, que está em Brasília… enfim… A vida pessoal nas últimas semanas tem consumido um precioso tempo que eu adoro reservar para minhas divagações e textos no meu blog.

Semana passada, pelo segundo ano consecutivo, uma amiga de Belém e antiga colega de instituição me sondou sobre a possibilidade de eu estar na capital paraense em outubro, provavelmente para proferir uma palestra. E pela segunda vez precisei recusar. Ano passado porque o formato de minha carreira, digamos assim, não me dá liberdade nem flexibilidade para ir e vir atuando nessa área quando bem entendo. E este ano porque estarei totalmente entregue à maternidade e muito feliz por isso.

As últimas semanas também têm sido bastante desgastantes. Temporada de mudanças chegando em todas as áreas da vida. Eu adoro, acho libertador e ajuda a evoluir como pessoa, profissional e como filha de Deus, que é, para mim, o mais importante. Bom, o que mais tenho visto e sentido ultimamente é uma insatisfação conjunta na forma como as pessoas criam redes de relacionamento no ambiente de trabalho.

Modelo retrógrado de conduzir negócios, pessoas e conflitos. Modelo piramidal onde poucos continuam tendo poder e influência e muitos se sentindo desvalorizados e desmotivados em realizar um trabalho melhor. Problemas de clima. Inevitável em qualquer empresa. Mas se existe um mal que deve ser abolido imediatamente é a famosa e famigerada rádio-corredor. Aquela mesma em que pessoas param num canto ou outro das dependências organizacionais, roubando o tempo de trabalho, para… difundir informações sem base ou totalmente infundadas. Em outras palavras, é a fofoca que circula sem parar e que pode causar danos irreparáveis para o bom funcionamento das relações de trabalho.

Quando entramos em determinada empresa, não temos como distinguir quem tem más intenções de quem tem boas intenções. O mais  inteligente a se fazer é observar. Existem pelo menos dois perfis que, ao longo dos meus insuficientes anos de experiência profissional, tenho percebido que, descaradamente, são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento organizacional e o bom clima:

1. ‘Curioso’ de plantão – Pessoas com demasiado interesse em saber seus passos na empresa ou que vez por outra indagam muito sobre sua rotina, relacionamento com colegas, chefe, são candidatas a não somente curiosos, mas sim, fofoqueiros de plantão. Fuja desse tipo de colega. O melhor a fazer é ficar calado e não dar informações. Você nunca sabe até onde seu comentário pode chegar e, pior, como vai chegar a outras pessoas. Infelizmente, existem pessoas dispostas e cheias de energia para fazer o ‘leva-e-traz’ organizacional, não sobrando tempo

2. O bom ‘amigo’ – Se existe uma coisa que eu tenho aprendido desde que ingressei no mercado de trabalho é: não é impossível fazer amizades no ambiente de trabalho, mas sem dúvidas essas amizades devem ser muito bem analisadas e passar por um filtro. Nem todos serão seus amigos, infelizmente, e nem todos se aproximarão de você para realmente consolá-lo se você não estiver bem. Respeite e trate todos com cordialidade, mas duvide dos ‘bons’ amigos de oportunidade. Muitas vezes eles estão muito mais interessados em se aproveitar da situação por algum motivo do que realmente ajudá-lo a resolver um problema.

Fofoca é algo extremamente destrutivo e, em ambientes corporativos, causa danos irreparáveis, pois gera, além de conflitos absolutamente desnecessários, uma crise de confiança que torna inviável continuar com qualquer parceria de trabalho. Fique de olho e preserve sua imagem, sua carreira e seus sonhos. Nem todos estão interessados em compartilhá-los com você!

Um grande abraço e excelente fim de semana!

Por Marcela Conceição Brito

 

Comentários (2)

  1. Parabéns Marcela. Gostei muito do seu texto e concordo com suas palavras. Infelizmente, essa prática ainda é muito comum nas organizações. Abs

  2. Maria, muito obrigada pela visita ao meu blog e pelo comentário! Sem dúvida, a rádio-corredor é perniciosa e destrói profundamente as relações no ambiente de trabalho. Um grande abraço para você!!! Beijos e sucesso!

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Marcela Brito - 2009-2021