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Liderança – habilidade de Deus

Amigos leitores,

Hoje, além de ser sexta-feira, ainda é meu aniversário e aniversário de um dos meus mais preciosos presentes: meu blog! Sim, meu blog começou a funcionar efetivamente no dia 26/06/2009, quando meu amado parceiraço de vida e trabalho, vulgo marido, me presenteou com esta ferramenta poderosa, onde exerço minha liberdade de expressão, manifesto minhas opiniões, compartilho o que aprendo, o pouco do conhecimento adquirido e recebo muitas ideias, sugestões e propostas de parcerias. Esse blog é um canal poderoso de crescimento para todos os envolvidos! Isso não tem preço! Obrigada!

Apesar das grandes razões que tenho para falar sobre meu aniversário, o foco nesta sexta-feira é finalizar a série de artigos especiais desta semana sobre os meus aprendizados e experiências profissionais. Hoje vou falar com vocês sobre as duas organizações onde atualmente desenvolvo as minhas diferentes habilidades. Eu completei oito meses trabalhando com a equipe mais linda do mundo, no ITEC/UFPA, e recebi a carta-convite de uma empresa pública para assumir o cargo de secretária executiva, só que no Rio de Janeiro-RJ.

Confesso que eu fiquei muito extasiada, pois apesar de estar muito feliz e realizada em Belém, eu vivia uma situação pessoal não muito confortável e orava diariamente a Deus para que eu pudesse ir embora e viver minha vida com pessoas que realmente me amassem. E aqui eu me refiro especialmente ao contexto familiar que eu vivia naquele momento. Esta é outra ferida que Deus tem tratado diariamente e que eu sei que um dia será curada. Aceitar a carta-convite foi, antes de tudo, uma decisão de coragem e fé. Coragem para iniciar a terceira grande fase da minha vida e fé por crer profundamente nas grandes coisas que Deus faria por mim e que Ele cuidaria de cada detalhe dessa grande mudança.

E no dia 18/10/2011 eu deixei Belém e parti para aceitar o desafio de viver o lendário carioca’s lifestyle. Foi uma saga: apresentar-me à unidade onde eu trabalharia, construir pontes no novo emprego, construir relacionamento de confiança com os colegas e meus gestores e provar que eu era boa naquilo que eu me propus a fazer. Ou seja, tudo novo de novo. Foi trabalhoso, cansativo, mas gratificante. O grande desafio foi me adaptar a uma unidade hibrida, com pessoas de vários estados do Brasil e apesar de no início não ter entendido esses conflitos multiculturais, depois de um tempo eu descobri que Deus estava me colocando num mega laboratório para estudar e observar a tal interculturalidade sobre a qual tenho pesquisado e que foi tema do meu primeiro livro.

Nesta empresa conheci o melhor e o pior das pessoas e descobri que existem gestores bons, ruins, descobri que há muitas pessoas adoecendo por inverterem os valores que eu, particularmente, considero prioritários (como Deus, família, amor, amigos), descobri que as pessoas preferem medicar-se com antidepressivos a buscarem em Deus a força e a coragem que precisam e descobri que tem gente que vende a mãe para conseguir o que quer. Descobri que, infelizmente, nosso país cultivou uma semente e eu não sei onde tudo isso começou, de que uma pessoa com alto nível de titularidade tem mais valor do que uma que não tem. Isso é refletido nos lugares onde estão concentrados os profissionais com maior grau de escolaridade de onde deveriam sair os grandes resultados para os problemas socioeconômicos de nosso país. Desencantei-me com tudo, todos e o Rio de Janeiro, para mim, soava cinzento. Nesta mesma empresa fui assediada de várias maneiras e durante o momento mais lindo e especial da vida de uma mulher, que é a gravidez do seu esperado e sonhado bebê, recebi indiferença. Aqui eu abro o jogo sobre algo que muitos não sabem, mas depois de um mês de vida de Elisa, eu partia de “mala e cuia” para ficar com meu marido, que teve o direito de acompanhar minha gestação subtraído, negado.

A empresa não havia sinalizado a transferência, mas eu já havia decidido pedir demissão. Em dezembro de 2014 o processo de transferência foi tramitado e a empresa, mais uma vez, demonstrou descaso, uma vez que não em enviou nenhum comunicado formal e a notícia chegou aos meus ouvidos pela colega com quem a vaga seria permutada. Passado o período de licença maternidade, reassumi meu cargo (já em Brasília) no mais alto escalão da empresa. Carga horária privilegiada, mais três colegas na “equipe”, gestor blindado de todos os lados. Coração de gelo, clima pesado, pessoas tensas, ambiente escuro, tom de voz baixo e risadas de deboches, cochichos… Ai, que saudade dos meus mentores, que saudade dos olhares honestos, dos discursos objetivos, cheios de calor, cheios de humanidade, cheios de liderança.

Minha gente, liderança é habilidade concedida por Deus. Treinamento e preparação técnica ajudam, mas se não se tem a essência da liderança no coração e na alma, não se lidera. Se você tem um leve indício dessa habilidade dentro de você, você termina como eu: leva um golpe das colegas e no seu último dia de férias recebe a doce notícia de que você não compõe mais a equipe. Recebi isso como presente!

Bom, a poeira baixou, estou num local maia tranquilo e muito feliz por continuar sendo quem eu sou, por não fazer joguinho em troca de nenhum benefício conquistado por meios inescrupulosos e o sentimento latente no meu peito de que estou perto de partir para a quarta fase da vida: e essa eu poderei ser totalmente eu e buscar pessoas que tenham essa mesma inquietação de tornar o mundo um lugar melhor. Enquanto a quarta fase não é iniciada, eu me realizo em sala de aula, onde estou desde fevereiro deste ano, lecionando para futuros secretários executivos, e levando em minhas aulas uma mensagem de motivação, estímulo e mostrar que sucesso é poder tornar a vida das pessoas melhor com aquilo que temos e somos!

“O que você tem todo mundo pode ter, mas o que você é… ninguém pode ser.” (Constanza Pascolato)

Eu sou Marcela Silva da Conceição Brito

 

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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