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Diferença entre “QI” e networking

Amigos leitores,

Sala de aula é um mundo de conhecimento, saberes e aprendizados que se constroem da relação interativa entre docente e discente. E eu sou totalmente inflamada por uma turma que se relacione comigo e me ensine também, pois adoro estudar e aprender coisas novas. Estamos em uma era de processo ativo de aprendizagem e isso significa que quando eu me proponho a ensinar, pressupõe-se que eu também me coloco na posição de aprendiz, pois hoje o acesso à informação é muito democrático. Isso explica o motivo de muitas pessoas não se desenvolverem profissionalmente por insistirem em agir como se fizessem parte de uma agência de espionagem, guardando informações que podem ser naturalmente divididas com outros profissionais a sete chaves.

Eu, atualmente, leciono para três turmas. Duas em uma instituição e uma turma em outra. Na última terça ministrei uma aula expositiva sobre o Código de Ética do Profissional de Secretariado e, enquanto eu explicava que nos é vetado o favorecimento pessoal em virtude de relações pessoais que estabelecemos com as pessoas, uma aluna me questionou sobre o que sempre é colocado em eventos, sobre a importância de fazer networking e que se defende a importância de ampliar a rede de relacionamentos como base do crescimento profissional. Então, eu achei muito oportuno esse questionamento e compartilhei da seguinte maneira com a turma:

Networking é uma ferramenta que utilizamos em nossas relações profissionais para desenvolvermos a carreira e quando ampliamos nossa rede de contatos, geramos uma rede colaborativa de interesses meramente profissionais (percebam, profissionais!), então quando precisamos de algum produto ou serviço lembraremos de alguém que conhecemos e que poderia nos ajudar por ter conhecimento ou atuação em determinada área. Da mesma forma, quando vemos um anúncio de emprego e lembramos de alguém em virtude de seu perfil profissional e compartilhamos essa informação com a pessoa.

Por outro lado, o famoso “QI” se caracteriza exatamente pelo favorecimento a alguém, em virtude de motivações e interesses estritamente pessoais (vejam a diferença). Quando você tem indicação de alguém em posição de poder e essa pessoa o favorece em um processo seletivo, não se anime muito e conte que em algum momento você terá de dar a contrapartida. Isso sim é “QI” (quem indica). Portanto, a prática de networking é necessária, saudável e totalmente lícita. Mas quando você é favorecido por interesses pessoais e tem a consciência de que uma conquista sua causou prejuízo a outras pessoas, então, você está ferindo o código de ética profissional.

Algumas dúvidas de cunho conceitual devem ser esclarecidas para que realmente entendamos o limite entre o que é aceitável moralmente. A sala de aula tem me permitido isso e eu me sinto muito feliz por poder debater esse tipo de informação em sala de aula. Eu acredito que, mais do que profissionais, temos condições de formar melhores cidadãos!

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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