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O ato de escrever um texto

Amigos leitores,

Como é bom poder extrair de nós emoções e livrar nossas almas do que nos aprisiona de alguma forma. Eu encontro alívio e descanso quando escrevo. Consigo ordenar os pensamentos, ter noção da intensidade da carga emocional que carrego, posso deletar, mensurar, reescrever, refletir, substituir palavras e poetizar dores e amarguras. Além disso, posso canalizar amor e energia positiva para alcançar pessoas que sintam afinidade com as experiências que conduzo por meio das minhas palavras. Escrever um texto pode nos trazer paz, paixão, alegria, sobretudo a certeza de que sempre há algo melhor a ser feito com aquilo que com muito sacrifício levamos ao longo da vida.

Hoje, em especial, amanheci curiosa em saber dos amigos que acompanham o blog e me acompanham pelas redes sociais se teriam interesse em receber dicas sobre o ato de escrever. Certamente a minha não formação em Letras não me gabarita a ensinar gramática tampouco regras ortográficas (que inclusive hoje por meio da internet podem ser atualizadas e aprendidas rapidamente). Entretanto me refiro ao ato de escrever como um ato libertador, particular, de impressão da própria identidade. Escrever, por si só, é um ato muito individual. Por mais que possamos estudar os diferentes estilos, buscar referências para o que nos inspira e dominar a língua como canal de manifestação do pensamento e da emoção, escrever sempre será o encontro pessoal que você tem consigo mesmo.

Por isso, pode ser desenvolvido ao longo da vida por todas as pessoas. Já tivemos a marca de não sermos um país de leitores, mas esta estatística está mudando ao longo de nossa história, como é apresentado no resultado da pesquisa realizada pela GFK em 2017, que indica que 53% dos brasileiros leem livros diariamente ou, pelo menos, uma vez por semana (infográfico abaixo).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O resultado da pesquisa acima demonstra que estamos lendo mais e todos sabemos que o primeiro passo para escrever bem e encontrar seu próprio jeito de tocar a mente e a alma do leitor é por meio, claro, da leitura. Ler constantemente nos coloca em posição de crítica, questionamento e dúvida. A dúvida é o primeiro passo para nos abrirmos a novas respostas, sob diferentes perspectivas e pontos de vista. É quando deixamos o senso comum e, com respeito ao lugar de fala (nossa e de outros), conseguimos construir um cenário mais próximo à realidade, minimizando a ocorrência de prejulgamentos e ideias já concebidas previamente.

Escrever implica em exposição pessoal. Você conhece muito das pessoas a partir do que elas escrevem. Em toda manifestação verbal (escrita ou oral) tem muito daquele que escreve impresso nas palavras, no contexto, na forma de contar uma situação. E neste caso encontramos outro desafio para quem tem esta paixão, porém se intimida. Para algumas pessoas expor-se é uma dificuldade muito grande, mas há maneiras de escrever, falar de si sem necessariamente deixar claro ao leitor.

Dica 1: Um bom exercício que tenho feito, retomado ano após ano, é o de escrever diários. Este ano retomei no dia 1/1, com a mesma decisão de escrever um texto por dia. Escrever o que se passou no dia me traz a dimensão do que fiz, do que cumpri ou não cumpri em minha agenda e de como meu planejamento está fluindo. Além disso, é o momento que tenho de expressar as emoções com situações que possam ter ocorrido no dia e canalizar tudo isso em forma de texto, ajudando a me esvaziar dessa carga sentimental negativa, que tantas vezes acumulamos ao longo do ano.

Dica 2: Outro exercício é carregar um bloco de notas, caderninho ou usar um aplicativo como Evernote, Google Keep ou Trello no smartphone para  relatar algo que tenha me chamado a atenção, anotar ideias aleatórias para gravar vídeos, escrever textos ou simplesmente temas que instiguem minha curiosidade para que eu possa pesquisar e estudar depois com mais calma. Essas são dicas que são simples, possíveis e que já ajudam a despertar toda a nossa criatividade e tudo o que desejamos colocar para fora em forma de texto.

Dica 3: Outro hábito que tenho e que sei que na era da interação virtual tem ficado mais difícil é sentar e conversar uma ou duas horas com amigas, pessoas que me pedem conselhos e orientações profissionais, por exemplo. Eu amo conversar e ouvir as pessoas. Na realidade, quem me conhece pessoalmente deve até estranhar porque eu realmente gosto de ouvir o que as pessoas tem a dizer. Por exemplo, antes de enviar uma proposta de mentoria de carreira eu agendo um café com alguém ou uma boa conversa via skype (caso a pessoa não resida no DF). Esta é a oportunidade de gerar sintonia e afinidade com as pessoas e dar a elas a oportunidade de sentir se eu realmente sou a profissional mais indicada para conduzi-las neste processo. Ouvir mais do que falar é ter a oportunidade de conhecer as pessoas, seus temores, bloqueios, desejos e sonhos. E não há nada mais precioso em qualquer relacionamento do que afiar este leitor humano que todos nós fomos deixando de usar ao longo da nossa jornada.

Comece a exercitar bem essas dicas e em breve escreverei sobre outras. Deixe-me saber como você tem se saído em suas tentativas e se você já escreve e queira que eu leia, pode me enviar por e-mail também. Será um prazer conhecer um pouco mais sobre você por meio de seus textos!

Abraços!

10/365

 

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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