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Por que fazemos o que fazemos? [Livro 1]

Amigos leitores,

Este fim de semana foi bem corrido, de preguiça (confesso) e para colocar algumas coisas em ordem em casa, já que a rotina vai voltando ao normal, depois do final de ano. Esta semana tive a alegria de iniciar e concluir a primeira leitura do ano, um livro que elegi para começar o ano, a fim de me reconectar com aquilo que há de mais essencial

e mim: minha própria natureza e o compromisso que eu tenho comigo mesma.

O livro escolhido para iniciar a trajetória de temas estudados e prosas a me inspirarem neste 2018 foi “Por que fazemos o que fazemos?” do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella. O escritor é aquela figura simpática que à primeira vista você deseja tê-lo tido como seu próprio professor em algum momento da vida. Quem bom que existem livros, textos dele e inúmeros vídeos no YouTube para que possamos nos deleitar de seu carisma e jeito singular de tocar nossa mente e coração, inflamando ainda mais nossa essência em busca daquilo que sonhamos.

Do livro, há alguns pontos cruciais dignos de serem comentados sem que você, amigo leitor, desanime de lê-lo apenas pelo meu breve comentário aqui. Ele é pontual em todas as suas abordagens e como não poderia deixar de ser, nos presenteia com sua filosofia profunda e original, aquela que nos faz questionar nossas ações, nossas escolhas e nossas… aflições, como traz o subtítulo do livro.

Ele começa o livro com uma citação de Mário Quintana:

“DA MORTE
Um dia… pronto!…, me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer: que me importa?… O diabo
É deixar de viver!”

Essa coisa de saber o que vamos fazer daqui até a morte. Construir legado ou viver o carpe diem dos tempos contemporâneos musicalizado por Zeca Pagodinho no ritmo de “deixa a vida me levar, vida leva eu…”. Quando eu adolescente alguns colegas brincavam “estudar pra quê se o futuro é a morte?”. Se a morte é a única certeza que levamos desta vida, por que então nos afligimos tanto com questões complexas, começando por aquela que deveria nos nortear, nos auxiliar, nos conduzir, nos trazer ao nosso centro: o propósito?

Pois então, Cortella fala do propósito e nos apresenta questionamentos alinhados e que certamente explicam nossos anseios pela conquista, pelo reconhecimento, pela valorização e, sobretudo, por estarmos alocados em ambientes e em equipes que podem nos erguer rumo ao sucesso ou nos desanimar e contribuir para nosso sentimento, tantas vezes sentido, de fracasso.

O livro nos apresenta uma visão realista, a partir de uma linguagem simples e direta, que nos faz devorá-lo em horas. Cortella nos mostra a diferença corretiva entre rotina e monotonia e diz que a linha tênue entre uma e outra é exatamente a falta de desafios que temos ao longo da vida profissional. Não há nada mais devastador para um ser humano do que a falta de uma perspectiva de ser melhor, de fazer diferente e de ser desafiado. A automatização do trabalho, aquilo que já fazemos sem muito esforço e no modo “piloto automático”, justamente, é o que pode causar este mal estar interno, esta frustração, esta vontade de mudar de empresa, gestor, posição, profissão etc.

Outro ponto fantástico, exatamente pela obviedade, é a necessidade de vermos a projeção de nossa própria essência naquilo que fazemos, é quando você lembra com carinho do sabor da comida de sua mãe ou o jeito que só você tem de fazer um café. Todos nós queremos nos ver, é o que o filósofo chama de reconhecimento, quando conseguimos nos conhecer de novo em algo que fazemos. Se estamos atuando em algo que não nos traz esta projeção passamos a nos sentir derrotados e desinteressados.

O livro trata das aflições que são totalmente importantes para que possamos iniciar um movimento de resgate do eu, de nosso propósito, daquilo pelo qual daríamos o sangue ou, como ele fala, valeria a pena, no sentido de valer o sacrifício, o suplício. O livro traz temas polêmicos e trechos impactantes, mas sem dúvida, foi um presente maravilhoso para este início de ano. Super recomendo. Eu li o livro ouvindo a voz do próprio Cortella narrando para mim. Eu tenho uma memória auditiva maravilhosa e quando já ouvi a voz do escritor, consigo projetar aquela voz narrando o texto. É uma experiência extraordinária!

Um super beijo para vocês!!

13/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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