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Confiar é preciso

Amigos leitores,

Em nossa cultura está cada vez mais difícil estabelecer uma relação de confiança com as pessoas. Porém, em qualquer tipo de relacionamento, é praticamente impossível desenvolver um trabalho sem confiar no outro. A desconfiança se tornou tão presente em nosso cotidiano que já não sabemos mais lidar com as pessoas. As pessoas mais velhas,

especialmente as que são mães, parecem ter um tipo de radar para identificar pessoas nas quais não se pode confiar. Quem entende o que estou falando?

Quando eu era criança, minha mãe por duas vezes me alertou sobre duas amizades que eu tinha na escola. Na época eu achava uma ilusão da cabeça dela ou um exagero qualquer. Alguns anos depois, de longe da situação, eu entendi sobre o que ela falava. As pessoas tinham uma espécie de leitor humano mais apurado do que temos hoje. Isso se deve ao distanciamento nas relações.

Quando convivíamos com mais proximidade, as coisas eram diferentes porque as pessoas se sentiam mais, se percebiam, se encaravam mais. Hoje mal olhamos nos olhos das outras pessoas. Estamos em um piloto automático constante que nem imaginamos sobre o que estamos conversando e com quem. Vivemos relações muito superficiais e no medo de revelar quem somos também perdemos a descoberta de quem o outro é. Como conseguimos sobreviver neste contexto?

A confiança baliza as relações de trabalho, familiares, amorosas e o mundo dos negócios. É possível sim ser passado para trás pela traição de alguém, mas também neste afã de manifestar uma defesa de alto nível, perdemos a oportunidade de conhecer aliados e parceiros que poderão fazer toda a diferença em nossa trajetória.

Por que isso acontece? Precisamos retomar nosso caráter mais humano, mais primitivo das nossas relações, sentar novamente em volta da fogueira e falar sobre a vida, temores, estratégias, planos. Perdemos a mão para as relações no geral e isso em boa parte se deve ao excesso de desconfiança que temos de tudo e todos. É justificado pela forma como o mundo se apresenta, no entanto, ainda temos a possibilidade de vivermos de maneira mais saudável e com menos peso, menos carga.

Que tal buscar um exercício diferenciado para resgatar, aos poucos, a confiança no convívio com as pessoas de sua rede de relacionamentos? E que tal depois compartilhar suas experiências? Eu adoraria saber como foi superar um desafio como esse!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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