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A maternidade

Olá, caros amigos leitores!

Hoje completo 28 dias de resguardo desde a chegada de minha primogênita e durante esse tempo precisei me dedicar a aprender a cuidar de alguém tão especial, frágil e totalmente dependente de mim. É muito bom poder voltar a escrever depois de tanto tempo, entre o fim de gestação e o puerpério. Bom, antes de falar da melhor parte, vou abrir o coração e dizer como tem sido a experiência para alguém que sempre foi muito cuidada por todo mundo.

Eu sou filha caçula de parte de pai e de parte de mãe. Fui totalmente adotada como filha pelos meus sogros, sempre fui muito querida e amada por professores, amigos, colegas de trabalho e até antigos chefes. Portanto, uma pessoa com esse perfil com certeza enfrenta muitos desafios ao se deparar com um novo papel: ser MÃE. ser PROTETORA. ser GUARDIÃ de uma vida.

NÃO é fácil, minha gente! No dia em que descobri a gravidez, chorei de susto e medo. Depois, o apoio e acolhimento de todos me ajudaram a ver o quanto esse seria o momento mais abençoado da minha vida. Mas isso eu precisei passar os nove meses entendendo e praticando. Passei por várias situações, pois estava cheia de planos que não incluíam ainda um bebê em 2013, mas Deus é muito perfeito e sabe muito mais das minhas necessidades do que eu.

Tive de ouvir de minha colega de sala que todos achavam que eu havia engravidado de propósito, tive de ouvir de minha antiga chefe que a minha gravidez havia sido empecilho para eu conseguir minha transferência para a mesma cidade de meu marido. Tive de ouvir que eu não ia mais dormir e que meu corpo não seria mais o mesmo. De todas as barbaridades que alguém pode falar para uma mulher grávida, felizmente nada conseguiu me deprimir. Eu superei. Deus é comigo!

Passei nove maravilhosos meses de gestação recebendo todo o amor das pessoas realmente importantes, me preparando para receber o meu maior tesouro, a minha herança e tentando gerenciar uma vida de mulher casada com rotina de solteira. Mas eu tentava olhar para outras mulheres que não tinham nenhum desses auxílios citados durante suas gestações. Mais uma vez me sentia feliz e abençoada. Na reta final, a única coisa que eu queria era ficar em casa e esperar tranquilamente o nascimento de Elisa.

O dia chegou. No dia 03/10/2013, às 20h39, Elisa chegou. O mundo parou diante de mim quando eu contemplei a primeira expressão de alguém que foi gerada dentro de mim e se desenvolveu por 41 semanas gestacionais. Chorei, mas dessa vez foi de felicidade. Nada pode realmente ser maior e mais bonito do que ter um filho. Esqueci de tudo. Uma nova fase começava na minha vida. Eu esperei até a data-limite pelo parto normal, e então aprendi mais uma lição de Deus: as coisas acontecem como Ele quer e não como eu quero. Mas Ele faz e garante o que vem depois. Um dia depois consegui tomar banho sozinha, andei sozinha, cuidei da minha filha e veio o primeiro grande desafio: amamentação.

Fui para casa com ela e me desesperava por não conseguir amamentá-la muito. Era difícil, era doloroso vê-la chorar, me ver com tanto leite e ela não pegar o peito… Doeu. Chorei, de desespero. Nesse momento, o carinho e atenção do marido foram decisivos para meu equilíbrio emocional. Pensei nas mulheres que não tiveram isso. Dia após dia eu ia aprendendo a ter mais paciência e vontade de amamentá-la e ela ia aprendendo a sugar o leite. Parecia que aqueles dias jamais melhorariam. Noites em claro, bebê com dor, bebê com fome. A pior dor, sem dúvida, é a sensação de impotência e incompetência. E isso eu também senti. Eu aprendi a ser bem-sucedida em tudo que faço e me dava pânico pensar em não ser competente naquilo que seria, sem dúvida, o papel mais importante da minha vida.

Mas nada como o tempo… o tempo passou. Elisa está com 28 dias, com peso e altura dentro da média para o período. É um bebê expressivo, já sorri, conversa com todos e adora interagir com o ambiente, as pessoas e com ela mesma. Ela começa a demonstrar traços de uma personalidade forte, marcante e que me encanta a cada minuto. Ainda não completou um mês e eu já me sinto uma mãe um pouco melhor do que aquela da primeira semana de vida. Não tem jeito. É aprendizado diário e isso fortalece o nosso amor, o nosso vínculo e a nossa convivência. Ela já é o ser que eu mais amo no mundo e a melhor coisa que Deus me deu. Não é fácil, gente, mas é transformador!

Vale a pena e a vida mudou. Para melhor, muito melhor!

Por Marcela Brito

Comentários (3)

  1. Lindo texto Marcelinha!
    Apesar de pequenininha, rsrs, sua força é enorme! Nunca se esqueça disso. Você pode fazer tudo que desejar com a força do amor. E será uma mãe maravilhosa para a pequena Elisa. Aliais, já é.
    Estou na torcida por vc, que conquiste cada vez mais objetivos.
    Tem meu carinho e minha admiração.
    Grande beijo cheio de saudades, e vontade de ver a Elisa, rsrs

  2. Querida Marcela,
    Ser mãe é aprendizado diário sim! Falo como mãe e mulher que passou por muitas provações, mas como bem sabes, Deus é perfeito e se Ele te escolheu não foi porque estais pronta e sim poque Ele sabe que pode te moldar, te capacitar para a doce e árdua missão de ser mãe! Parabéns pelo retorno ao blog e parabéns pela linda Elisa que já é muito amada!

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Marcela Brito - 2009-2021