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Como estar preparado

Olá, leitores!

Há algo muito importante que desejo abordar e que é fruto de experiências de quase oito anos atuando na profissão de secretariado executivo. Antes não era necessário ter graduação na área, agora praticamente todas as grandes oportunidades funcionais e salariais para o secretariado exigem nível superior. Bom, muito bom, porém é só o começo. Tenho pensado fortemente o que realmente deveríamos aprender antes de ingressar no mercado de trabalho e que não nos ensinam nas universidades. Aprender a como estar realmente preparado e ter segurança nos primeiros grandes desafios da profissão.

O que vejo são profissionais jovens, competentes, com alto nível de qualificação, mas que perdem o rumo quando alguma coisa acontece no campo moral. Isso mesmo, no campo moral. Na faculdade, temos aulas de psicologia, sociologia, filosofia e, confesso, são as que menos damos importância ao longo do curso, as que (no meu caso) foram mal desenvolvidas e destacadas e que, ironicamente, nos preparariam melhor para o mundo corporativo, pelo menos teoricamente.

Eles nos ensinaram a ser profissionais de excelência, mas não nos ensinaram a lidar com os que não dominam nossa área ou a subestimam. Ensinaram-nos a agir com ética e honestidade, mas não nos disseram como agir perante aqueles que agem de modo contrário. Nessa jornada em minha carreira o mais difícil não é dominar as habilidades do ofício e, sim, aprender a conviver e a lidar com gente interessada em defender interesses pessoais e que, no melhor estilo maquiavélico, não se importam com os meios que utilizarão para conseguir atingir esses objetivos.

O jogo do poder e dos interesses é uma erva daninha resistente, e esta lição eu aprendi no último ano da faculdade. Dói, corrói e decepciona. Mas ensina. Infelizmente ensina da maneira mais dolorosa e cruel, quando você vê que para algumas pessoas a amizade, a parceria e a honestidade são facilmente esquecidas pela vontade de ser e ter mais, ainda que de forma ilícita.

Eu vejo uma necessidade muito grande de mostrar às pessoas que se interessam em aprender a sobreviver na selva corporativa e que desejam crescer pelo caminho mais tortuoso, todavia correto. A má notícia é que até hoje eu não trabalhei em um só lugar onde esse tipo de pessoa não estivesse. A boa notícia é que entender que isso é um fato pode ajudar a conduzir a situação da forma mais sadia e limpa possível. O ideal seria aprender essa lição antes, ter uma pessoa, um mentor que possa orientar o comportamento a ser incorporado nesses casos e acredite: é melhor ter alguém para abrir nossos olhos e nos ajudar a estar preparados do que levar uma rasteira corporativa e achar que foi obra do acaso…

Marcela Brito sou eu: cidadã do mundo, secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

 

 

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Marcela Brito - 2009-2021