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O que você pode fazer por você?

Amigos leitores,

Ainda sobre a aproximação da celebração de meus dez anos de carreira, gostaria  de continuar dividindo com vocês reflexões importantes e aos que se sentirem à vontade, também alguns conselhos, que como diz o ditado, se fosse bom, ninguém daria… No fim de 2016 senti um peso e um cansaço incomuns, até mesmo para mim, que tenho perfil dinâmico e me sinto bem em atuar em várias frentes simultaneamente. Sim, eu entendi que era preciso manter o foco no que realmente era importante. Mas manter o foco exige renúncia. E eu renunciei ao que não era parte do trabalho para eu manter o meu foco. Desapeguei!

Este ano terei mais dias livres durante minhas noites porque decidi que vou dedicar energia onde meu retorno é o que quero, é o que almejo. Portanto, esta semana quero deixar para vocês uma mensagem substancial sobre as experiências e os investimentos que fazemos quando estamos cursando a faculdade. Gostaria de alertar que a realidade que vivi é diferente de muitos estudantes. Eu ingressei na faculdade aos 17, aos 19 conquistei meu primeiro emprego por meio de concurso público e estudava em uma instituição pública de ensino superior, ou seja, não tive preocupações com pagamento de mensalidade. Além disso, eu era solteira e não tinha filhos (ponto).

Apesar disso, também não foi nada fácil, porque eu, assim como milhares de jovens, precisei fazer escolhas e desde cedo me neguei a algumas práticas como shows, baladas noturnas, vícios etc. Sendo assim, eu planejei um pouco como eu queria estar ao final da minha vida acadêmica. Um dos calcanhares de Aquiles dos meus colegas de profissão é a língua inglesa. Antes o inglês era considerado um plus, um bônus para quem se formava em Secretariado Executivo, mas eu preciso dizer a vocês que hoje a língua inglesa é uma exigência (é obrigatório você saber falar, entender e escrever em inglês). Quando eu falo isso, estou querendo dizer o que você teme compreender: se você terminar hoje a faculdade de Secretariado sem a mínima habilidade com este idioma (especialmente em Brasília num cenário econômico como o atual), sinto te informar, mas você não vai conseguir um emprego rápido e sólido na área.

E para começar como recepcionista, atendente? Pode até ser, mas pense que você não será o único a não falar inglês lutando por uma vaga que no primeiro ano não conseguirá cobrir o investimento feito durante a faculdade (caso você tenha estudado em uma instituição privada). Eu posso estar sendo um pouco dura neste texto, mas quando eu dei minha última aula no semestre passado para a minha turma que estava se formando, eu olhava para boa parte da turma e pensava que em alguns meses alguns estariam preocupados com sua situação no mercado. Mas a preocupação chega quando você pega o canudo, sai para o mercado e descobre que poderia ter feito um plano para estudar inglês enquanto também fazia faculdade. As desculpas serão as mais diversas, desde falta de dinheiro (injustificável) até falta de tempo (mais injustificável ainda).

Para os que estão ingressando no mercado de trabalho, eu reforço (novamente): deem logo um jeito de começar a estudar inglês, em plataformas online, em programas subsidiados pelo governo, com professor particular, em escolas com mensalidades mais baratas… enfim, pensem rápido numa forma de aprenderem o idioma, caso contrário você NÃO terá o emprego dos sonhos. Não terá! Eu sei muito bem do que estou falando. Para os que ingressam este ano na faculdade, seja ela qual for, mas especialmente a de Secretariado Executivo, #ficadica: iniciem imediatamente um curso de inglês, porque ao final da faculdade, vocês terão avançado em todas as habilidades da língua, sem contar que as oportunidades para quem fala o idioma são sempre muito maiores e melhores, inclusive para estágio.

Eu sei que você deve estar pensando, “ah, mas quem fala inglês também não está conseguindo emprego!”. Bingo! A questão é exatamente essa. Com a crise do país e a possibilidade de não termos mais concursos públicos para a área nos próximos anos (ou década), o inglês passa a ser um dos requisitos eliminatórios em processos seletivos, ou seja, muita gente fala inglês fluentemente, então outros idiomas serão exigidos, além das competências comportamentais, que em breve também serão ponto de corte nesses processos. Se está difícil para quem fala, imagine para quem não fala. Este post é para alertar quem se formou e quem está ingressando na faculdade. E se conselho fosse bom, ninguém dava, mas não custa nada refletir sobre o tema, correto?

Abraços para vocês e ótima semana!

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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Comentários (4)

  1. UAAAUUU! Obrigada pelos tapas na cara kkkkkk estava precisando. Muito bom professora, muitas vezes não temos quem nos dê bons conselhos, me sinto muito honrada em receber suas palavras de incentivo. Irei providenciar imediatamente o inglês na minha vida, mesmo já estando quase me formando… É mesmo essencial.

    Que Jesus continue te abençoando e te fazendo instrumento de luz na vida de tantas pessoas, inclusive na minha. Admiro muito você. ❤
    Sucesso em tudo que você se propor a fazer é o que te desejo.

    Bjos Priscila Costa

  2. Perfeito! É bem isto… creio que antes de se preocupar em fazer uma pós, preocupar-se com o idioma em primeiro lugar é fundamental, pois realmente não é mais um plus e sim exigência e etapa eliminatória em um processo seletivo na área de secretariado e em muitas outras.

  3. Com o histórico profissional como o seu Professora Marcela, tiro o chapéu para você e essa publicação maravilhosa. Obrigada por compartilhar seus conhecimentos com todos nós. Parabéns

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Marcela Brito - 2009-2021