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Até o último ser humano

Amigos leitores,

Dias atrás, no conforto do sofá quentinho e do chamego do marido, na decisão de qual filme assistiríamos (nesse dia era a vez dele escolher), fomos de filme com indicação ao Oscar de anos atrás. Filme com o ator da nova geração hollywoodiana que caiu nas nossas graças, o “espetacular” Andrew Garfield. O filme? “Até o último homem”.

Confesso que não me lembrava o contexto, mas sabia que era um filme alusivo à segunda guerra mundial.

O filme foi lindamente intenso e profundo e, claro, sem dar spoiler, o filme trata de algo que gosto muito de falar aqui no blog: fé. O protagonista do filme, inspirado em uma personagem verdadeiro da vida real, expressa por meio de sua atuação algo igualmente essencial: propósito. Esse filme mexeu com minha alma, com meu coração, me questionei até onde eu iria por amor ao outro, por entender meu propósito?

Desmond Doss, o personagem incansavelmente humano do filme, demonstra um amor, sobretudo, pela vida humana e, em uma das cenas mais comoventes da película, ajuda seu oponente a aliviar sua dor, seu ferimento. O filme me fez pensar desde então nesta coisinha que viemos fazer neste universo, que muitas tratam como passeio, como férias, como nada ou como procedimento.

Conhecer pessoas que falam para você “nossa, encontrar você foi coisa de Deus!” e leia-se Deus como Deus, e que você entenda conforme sua crença espiritual, é um presente, mas é um peso. O peso, de a cada dia decidir caminhar rumo a esta missão que já se faz entendida, que já se faz clara. Não é uma decisão fácil. Adentrar o mundo do outro é a imersão mais difícil que existe porque pressupõe esperança naquilo que você efetivamente pode fazer por seu semelhante.

Ter a si revelado o seu propósito de vida é uma bênção, porém exige muita atenção e cuidado com o que vai se fazer em relação a isso. Às vezes tudo o que o mundo precisa de você é daquilo que outro ser consegue furtar de alguém, da maneira mais cruel, inadmissível e brutal que possa existir. E aqui exemolifico os RHs de empresas que, debaixo da cobertura de suas normas e regras, desumanizam seu atendimento, perseguem colaboradores, galgam posições de hierarquia para manter o status quo.

Quanto podemos destruir ou construir na vida do outro? Quantas pessoas você conhece que adoecem pelo mal causado por outros? Quantos sonhos estão sendo destruídos pelas ameaças e intimidação de gente frustrada e mal preparada? Ver pessoas chegarem até você, da maneira mais improvável, é ter certeza de que o papel aqui é maior, de que a expectativa é maior. A escolha é totalmente individual, mas as consequências também. Você é aquele que alimenta o temor ou aquele que encoraja? Aquele que luta pelo sonho de alguém, até vê-lo brilhar e se libertar das amarras do medo de ser prejudicado a qualquer momento, ou aquele que conspira, que alimenta as intrigas e colabora para prejudicar o outro?

A escolha não é simples, na maior parte das vezes, mas é muito fácil. É apenas escolher entre fazer o certo, ainda que você mesmo tenha que ser prejudicado. Aquele que nega apoio ao outro, nega a si mesmo. A nossa decisão pode frustrar quem quer que seja, entretanto, jamais deverá frustrar a nós mesmos.

Ótimo dia!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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Comentários (1)

  1. Fé, amor e proposito!

    Que coisas difíceis de viver, porém possíveis! Vive-las doí e quase ninguém vai entender, porque viver para cumprir o que Deus nos chamou para fazer e “loucura” e uma “loucura” boa e que amo!!!

    PS: Mais um texto que mexeu comigo.

    Obrigada!!!

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Marcela Brito - 2009-2021