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Silêncio: a arte da prudência

Amigos leitores,

Sistematicamente nos preocupamos com nossa expressão, nossa capacidade de comunicação e interação com o outro e, nestes tempos, onde todos temos voz e lugar de fala, falta algo que já nem sabemos mais como funciona: o silêncio. O silêncio é um dos aspectos mais importantes no processo de

autoconhecimento. Calar é uma forma de equilibrar emoções, raciocinar, ter condições de reagir de forma equilibrada.

Em um mundo onde todos querem ter espaço para falar, o silêncio ganha um imenso valor. O silêncio no momento oportuno pode dizer mais que mil palavras e, sendo bem sincera, em algumas situações, é a melhor resposta que existe. O silêncio proporciona mansidão, paz, reflexão, introspecção e ajuda no autoconhecimento.

Por exemplo, em uma reunião de trabalho, temos vários perfis de profissionais em uma mesma equipe e todos desejam, quase sempre, o mesmo objetivo: ser notado e se destacar por meio de suas ideias e participação. De uns anos para cá eu tenho pensado que a melhor forma de conhecer as pessoas no ambiente de trabalho é por meio da atenção = SILÊNCIO + OBSERVAÇÃO. Esta combinação é perfeita! Experimente!

Sabe aquele ditado que diz que “quem cala consente”? Esqueça, está demodé, é passado, obsoleto, não se aplica mais. Em situações de conflito ou tensão, quando alguém ofencivamente aumenta o tom de voz e tenta intimidar o outro por meio da força, da grosseria ou da posição de poder, o melhor a se fazer é calar.

O silêncio, geralmente, nos protege de nós mesmos, especialmente quando somos pessoas com pavio mais curto e com facilidade de alteração de ânimos. Eu falo por experiência própria. Sempre tive um espírito meio de justiceira e já me dei muito mal por conta disso. No final das contas, as pessoas sempre reparam no que você fez e nunca no que provocou sua reação.

O ideal é que possamos controlar nossos impulsos e saber o momento de falar, bem como entender a importância do calar. O silêncio também pacifica e dá tempo e condições ao outro que se altera de se ver, de se enxergar e, especialmente, de se ouvir.

Imagine uma discussão onde apenas um fala alto, grita e esperneia. Imaginou? Esta situação não se configura em discussão porque quando apenas um se manifesta agressivamente, em algum ponto esta pessoa vai se ouvir e se envergonhar. É similar a uma festa onde toca forte uma música que você adora e você se empolga e, de repente, desligam o som, e ouve-se apenas a sua voz. E agora, realizou a cena? Não sei você, mas eu ficaria constrangida.

Fazer silêncio deve ser uma prática constante em nossa vida, permitindo que possamos entender o que nos causa anseio e o que nos traz paz. Equilibrar as emoções e aprender a se conhecer é o caminho para ser dono dos próprios impulsos e, assim, viver de maneira mais tranquila e, ao invés de imergir na guerra do outro, deixar no outro um pouco da sua paz.

Vamos tentar?

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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