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Reconhecer-se nas fragilidades

Amigos leitores,

Hoje estou toda inspiração, muito feliz porque neste dia retomei minhas atividades físicas, ou seja, hoje foi o meu Day One, ou seja, o Dia 1 daquele que será o início de algo importante que preciso fazer urgentemente por mim: me exercitar, restabelecer minha saúde física e meu estado de bem-estar. Voltar a me exercitar no dia de hoje

me fez pensar sobre algo que neste mundo se torna tão raro, difícil e que muitas pessoas tem receio e, até, vergonha, de expor: as próprias fragilidades.

Uma vez ouvi uma psicóloga numa palestra aqui em Brasília falar sobre vulnerabilidade e as mulheres contemporâneas. Em suma, ela dizia que na ânsia de sermos autossuficientes e líderes, enrijecemos nossas emoções e passamos a não tolerar nossas fraquezas.

E infelizmente na era na qual estamos imersos fica cada vez mais difícil sermos mulheres. Mulheres plenas, resolutivas e que fiquem em paz por sermos… nada além de mulheres. Aprendemos que somos tão líderes quanto os homens podem ser, tão firmes quanto eles, mas temos algo tão sutil, tão intuitivo que nos caracteriza e nos empodera, que nesta trajetória de crescimento acabou endurecendo nosso coração. Chorar é sinal de fracasso e demonstrar nossa sensibilidade simplesmente se tornou fraqueza. Como se comprovássemos uma espécie de incompetência.

Mas a questão é que faz parte da nossa natureza reconhecermos a nós mesmas nessas fragilidades, darmis permissão para sermos sim vulneráveis. Impedir a vulnerabilidade nos torna fechados para as emoções, passamos a não sentir mais como a vida acontece, como o amor começa e acaba, como as relações fluem. Passamos a reproduzir movimentos previamente programados, como se fôssemos robôs.

O mais belo em nossa essência é a capacidade de sentir e viver intensamente aquilo que carregamos no coração. Quando nos reconhecemos como seres frágeis, também estamos permitindo que nossa alma viva e experimente as delícias da vida, como receber amor, cuidado, proteção e carinho. Porque, no fundo, é disso que se trata: quem não gosta de ser cuidada, de ser conduzida às vezes? É chato demais estar no comando. Comandamos, sim, mas nos momentos e posições exatas para isso.

Gostoso é, num dia difícil, receber colo, consolo, olhar afetuoso. E isso nossa geração está desaprendendo. É bom de vez em quando a gente só descansar e se sentir segura para seguir em frente. Daí então, respiramos e nos recompomos, conhecendo de novo aquela que somos. Adoro quando isso acontece. A gente volta sempre muito mais forte, poderosa e inspirada. Já pensou em se abrir mais para a vida?

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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