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Por que nos comunicamos mal?

Amigos leitores,

Este é o mais irônico dos paradoxos contemporâneos existentes. Somos uma geração absolutamente conectada, conseguimos estar na presença de um grupo, falar por aplicativos de mensagens instantâneas com outros grupos e comentar textos em redes sociais. Alto nível de interação tecnológica e pouca habilidade básica de comunicação.

Os modos em meio virtual pioram a cada nova estação. E o que isso significa exatamente?

Ironicamente, quanto mais aumenta nosso nível de interatividade e domínio sobre as novas tecnologias de informação e comunicação, menos conseguimos nos comunicar de maneira assertiva com o outro. O outro, na maioria das vezes, é apenas um conhecido que convidamos para nossa rede e, de maneira quase doentia, confrontamos nas mínimas opiniões ou postagens.

Chegamos a um ponto onde ao entrarmos em um ambiente real, da vida real, do mundo real, não sabemos mais como agir ou reagir. Adoro observar as pessoas e seus comportamentos, especialmente em ambientes coletivos e é incrível como as pessoas estão perdidas e manifestam em momentos cruciais atitudes quase primárias, por imaturidade, egocentrismo e… falta de modos. Sim, aqueles mesmos modos que, em tese, aprendemos em casa com os pais, no seio familiar, enfim…

Geralmente as mesmas pessoas que manifestam este tipo de comportamento são as pessoas que não costumam participar ativamente das redes, compartilhando conhecimento, comentando e contribuindo em fóruns ou esclarecendo dúvidas sobre algo relevante. São pessoas que precisam ser ouvidas, que precisam de espaço e atenção. Esquecem-se de que alguma maneira aquilo que se projeta no ambiente virtual toma uma proporção ainda maior no mundo real.

E no dia a dia das nossas vidas, pode ser que uma das pessoas que, por vaidade, imaturidade ou inconsequência, desafiamos, irritamos ou ofendemos nas redes sociais esteja à nossa frente em alguma situação. Eu mencionei em alguns textos atrás sobre o currículo e o quanto ele se tornou protocolar, uma vez que a reputação e o nome que você constrói falam bem mais alto do que o que está escrito naquele pedaço de papel.

A etiqueta é aquela bússola indispensável para vivermos os dias de forma tranquila, equilibrada e madura. Redes sociais são excelentes ambientes para projetar uma imagem real de si mesmo, bem como alimentar com informação e conhecimento grupos de interesses afins. Pense nisso como um hábito novo que precisa ser adquirido, caso você ainda não o tenha. Os bons modos sempre serão bem-vindos e observados a todo momento. E a lente das redes sociais, além de maior, é implacável nos julgamentos, portanto, proteja sua imagem e aprenda a desenvolver melhor sua capacidade de se comunicar com o outro, seja no meio que for.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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