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A experiência de cursar um mestrado

Amigos leitores,

Volto a esta espaço de conversa honesta com vocês, onde posso ser sempre eu mesma, onde posso divagar sobre as possibilidades de ser e fazer coisas diferentes e que, sobretudo, me tragam felicidade. Obrigada por sempre demonstrarem interesse e reciprocidade nesta relação. Isso me deixa sempre muito grata!

Aqui divido com vocês como tem sido a experiência de cursar um mestrado. Uau! Eu escrevo sobre isso e penso em tudo o que passava pela minha cabeça antes e pelas diversas limitações que eu me colocava diante desta oportunidade. Entretanto, antes de falar mais sobre isso, devo dizer que mais uma vez me sinto A-BEN-ÇO-A-DA! Deus me ama muito e vocês já vão entender.

Eu me graduei no início de 2009 e confesso que tive um flerte muito rápido com a área acadêmica, contudo não maior do que a paixão pela vontade e pela liberdade de ser quem se é que o empreendedorismo provocava em mim. Deixei a academia esquecida por um tempo, ou talvez adormecida. Muitos amigos seguiram adiante e alguns já são até doutores. Mas é bonito ver sua realização, sua inspiração e foco para esta carreira.

Em minha jornada profissional, trabalhei em universidade federal e em empresa de pesquisa, onde o reino do conhecimento impera. Porém o reino dos conhecimentos específicos de áreas muito segmentadas é suficiente para inflar o ego e enaltecer a vaidade de muitos. Para quem me conhece, sabe que isso é o mínimo necessário para fazer com que eu não tenha interesse em aprofundar interações com essas pessoas.

E quanto mais convivência tinha com essas pessoas, mais eu me afastava da ideia de estudar. Um dia resolvi pesquisar linhas de estudo do meu interesse na Universidade de Brasília. Cheguei ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia e alguns amigos logo disseram: “hum, não sei não, vai ser difícil de entrar, é um dos melhores e mais conceituados programas da universidade…”. Pronto, desisti.

E em fevereiro deste ano, um amigo compartilhou o edital do Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Brasília. Li, gostei e percebi que tinha bastante relação com o trabalho de mentoria e as atividades de desenvolvimento profissional que desempenho pela Iventys.

Estudei, me apaixonava por cada artigo requisito para fazer a prova. Conheci os autores que são referências nessa área e me apaixonei especialmente por Jarbas Novelino Barato, que trata com cuidado do conhecimento tácito, o prático, que se aprende no fazer diário. Pronto! Algo na academia voltava a me fascinar e despertar novamente o interesse em imergir nesse mar de aventuras.

Muita gente fez a prova, mas era aquela sensação da adolescência que eu tinha quando saía das provas confiante por ter feito um excelente trabalho. Os resultados iam saindo. Altíssima nota nas questões objetivas e nota razoável na redação. Passei, uma das nove vagas da ampla concorrência era minha. Pude dividir a alegria.

Este mestrado em especial, cuja base conceitual está assentada em Karl Marx, Antonio Gramsci e Paulo Freire (declaradamente autores que desagradam os novos detentores do poder executivo no país) me cativou profundamente, por tentar abrir um debate honesto e real no Brasil acerca da formação proposta pelos Institutos Federais (com a visão de uma educação integral, omnilateral – que significa contemplar o saber intelectual, técnico e físico) e sua relação com o mundo do trabalho.

E não bastasse a base maravilhosa, temos professores de múltiplas formações, que também lecionam para o ensino médio (o que os aproxima de nós, meros mortais aprendizes do saber acadêmico) e uma turma de colegas generosos, amáveis, com senso de humor e que em menos de seis meses se tornaram novos parceiros nesta incrível jornada.

Ah, o melhor de ser um mestrado profissional (que é apenas diferente do acadêmico) é que ele se caracteriza especialmente pela obrigatoriedade que temos, ao fim do programa, de além de escrevermos uma dissertação, criarmos um produto que seja previamente testado ao ensino médio dos Institutos Federais. Ou seja, além de registrarmos o trajeto do saber, deixaremos um produto que, neste espaço que é tão meu e seu, prefiro chamar de legado, para os alunos do ensino médio.

Nem preciso dizer o quanto tem sido gratificante viver esta experiência, não é?

Uma ótima semana para nós!

330/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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