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O conto da roupa rasgada

Car@ amig@,

Você já passou pela situação de estar em uma festa, evento ou celebração e sua roupa rasgar? Bom, eu já. Eu ainda não havia vivenciado tal experiência até o dia 19 de outubro de 2018 (sim, há um mês).

É a sensação mais louca do universo, um misto de desespero, vontade de rir, sair correndo (mas não dava, senão todos iam me ver parcialmente descoberta) e resolver ficar tranquila para pensar em alguma solução.

Eu estava em um evento organizado por alunos do curso Tecnólogo em Secretariado do Instituto Federal de Brasília, no meio de uma palestra, sentadinha, quando sinto levemente o zíper abrir de ponta a ponta e um vento frio na lateral esquerda do meu corpo. Na mesa, minha prima que estava passeando em Brasília e minhas duas queridas parceiras de trabalho: Lilian e Grazi. Olhei para as três e esbocei sem emitir som: “meu vestido abriu! Preciso de ajuda!”. Nesse momento, uma delas se sentou bem ao meu lado e eu falei “preciso sair daqui e tentar consertar”.

Respirei fundo, com muita vontade de rir (de desespero), peguei a minha echarpe e me envolvi por completo, tentando cobrir a lateral do vestido que havia aberto. Aproveitei estrategicamente o momento em que a palestrante avançava em direção ao fundo do salão e vi uma brechinha por trás de uma imensa cortina, onde ali eu poderia tentar me recompor.

Levantei-me cuidadosamente e segui e me escondi atrás das cortinas. Grazi veio em seguida e, preocupada, tentava reposicionar o zíper, até que ele não aguentou e saiu do trilho. Parece trágico? Não sei, foi o momento em que eu mais ri. Foi então, que o riso me trouxe sobriedade e frieza e eu pensei: “já sei, estamos em um café. Aqui eles tem toalhas de mesa, devem ter linha e agulha!”. Grazi falou com as meninas da equipe e… batata! Tinham linha e agulha.

Nessa hora, a solução se materializa no encontro da sorte com a coragem e o preparo. Grazi é costureira. Chegou a linha, uma linha grossa, branca e o vestido preto. O de menos. O pior passaria assim que a lateral fosse toda alinhavada a mão, num misto de tensão e alívio, por termos em tão pouco tempo resolvido o suposto problema. Passado o susto maior, olhei para a Grazi e disse: “essa vai pro blog!”.

Ao finalizar a costura a mão, Grazi olhou e disse: “Ficou firme, mas vai aparecer a linha branca!”. Eu disse que poderia disfarçar com a echarpe. Testei, não funcionou. Nessa hora, uma das alunas da equipe da organização se ofereceu para emprestar seu blazer. Eu olhei e disse: “Perfeito!”. Vesti o blazer, puxei as mangas, fazendo um estilo chic despojado (como se eu entendesse algo de estilo e moda rsrsrs) e as fotos ficaram ótimas! Parece um look composto especialmente para a ocasião.

Marido e amigo de Belém, convidado especial do evento, chegaram e logo começamos a relaxar, beber e comer. Interagimos com outros amigos e quando achamos que a noite estava terminando, Ana Maria veio nos envolver com seu irrecusável convite para finalizarmos a noite numa das quadras onde a luz vermelha é intensa. E o Bar do Godofredo foi palco de muita energia liberando a tensão e alegria. No ritmo de todos as boas músicas que tocaram naquele noite, a linha branca do vestido foi ofuscada pelo calor da iluminação escarlate do bar e pela paixão por viver e ser capaz de se alegrar, apesar dos infortúnios que nos acometem.

E o conto do vestido fica aqui registrado para mostrar que não estamos isentos de determinadas situações constrangedoras e surpreendentes na vida, porém definimos a nossa reação diante delas e é essa reação que muda o final da história. Sempre!

Tenham um ótimo feriado e um excelente final de semana e início de último mês do ano!

334/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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