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A verdade sobre querer ser algo que na essência você (ainda) não é

Amig@ leitor(a),

Há um movimento curioso acontecendo no mundo do trabalho, partindo dos profissionais de diversas áreas e segmentos: muito anseio por ensinar e compartilhar informações e pouco interesse por aprender e absorver novos conhecimentos. De uma hora para outra todos se tornaram palestrantes, coaches, mentores, trainers e instrutores.

Porém, observem que dificilmente as pessoas se denominam professores. Curioso, não? Por que será que isso acontece? Atualmente, temos uma questão formativa relacionada a alguns títulos. Por exemplo, ser professor é mais complexo, dá mais trabalho e, além disso, tem menos status do que ser qualquer outra nomenclatura citada anteriormente.

Isso reflete bem a natureza das pessoas que tem buscado passar para esse próximo nível. O professor precisa cumprir requisitos em sua formação e, teoricamente, precisa de atributos mínimos como a didática, para transmitir seu conhecimento. Precisa de preparo emocional para lidar com salas de aulas cada vez mais adversas e resistentes, além de filhos de uma geração de adultos mimados e egoístas. Dura missão. E não tem reconhecimento no Brasil.

Ser qualquer outro nome relacionado a treinamento, desenvolvimento de pessoas e afins dá menos trabalho. Você faz uma formação em dois fins de semana, a distância, paga por uma (ou mais) certificações e no final você cobra aí seu valor inicial para realizar alguns encontros e obter “retorno financeiro (e prestígio)”.

E qual o problema, Marcela, em querer ser qualquer um desses títulos? Nenhum. Você pode ser qualquer uma das nomenclaturas que for conveniente, contudo existe algo que a natureza imediatista dessa geração de profissionais não permite entender: o aprendizado e a ascensão ao status social de qualquer uma dessas atuações só vem com a experiência e o aprendizado contínuo.

Para qualquer uma das duas é necessário compreender que leva um tempo até as coisas fluírem e você, enfim, merecer receber esse tipo de titulação. Você pode ser o que desejar, desde que trabalhe diariamente, com disciplina, humildade, regularidade e paciência. Portanto, tenha calma, busque aprender com pessoas que estão em patamares mais altos que os seus, converse com especialistas e referências nas áreas nas quais deseja atuar e tenha sempre respeito e foco. Não é uma certificação, tampouco alguns milhares de reais investidos em um ou dois fins de semana que determinarão o seu sucesso. 

O que vai posicionar você em sua área de atuação é o que você faz todos os dias, incansável, abundante e pacientemente. Tenha uma ótima jornada!

(texto autoral e publicado no dia 01/03/2019 no site do Jornal Capital em Foco)
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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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