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O que o MasterChef e o mercado de trabalho tem em comum?

Amig@ leitor(a),

Dias desses, nas raras paradas em frente à TV, Sr. Brito deixou no MasterChef e decidimos assistir porque dias antes coincidentemente assistimos à seleção dos participantes da nova temporada. E seguimos nas provas.

A prova daquele dia era fazer churros com dois molhos, um tradicional e outro diferente. Paola disse que a massa seria a pâte a choux (massa de bomba). O engraçado era ver a cara deles, sem entender o que ela acabava de falar. Daí, ela repetiu: “vocês não sabem o que é pâte a choux? Massa de bomba, conhecem?”. Nesse instante, alguns se sentiram aliviados e outros nem tanto.

No decorrer do tempo que tinham para preparar o prato, o desespero e correria pairavam sobre todos. Naquele contexto, Sr. Brito divagava sobre as similaridades desse programa com o mercado de trabalho e refletia: “os caras querem ser chef e não sabem fazer massa de churro… amor, é igual ao mercado de trabalho. As pessoas simplesmente não se preparam para as oportunidades e depois vem o desespero…”

Nesse instante, eu processava o comentário dele e pensava que era, em uma relação análoga não tão distante, isso que ocorria. E fui observando os participantes. Uma senhora que é analista de RH, mas que tem o amor pela culinária na relação afetiva de sua família, mantinha a calma e mesmo parecendo que seu prato seria um desastre, foi a que mais se aproximou do que os chefs haviam pedido.

No outro extremo, uma mais jovem sem saber como controlar o estresse da situação e fazendo queimar um dos molhos, sua massa sem pegar o ponto, ouvia os colegas do mezzanino tentarem ajudá-la. E ao final, num impulso imaturo, pediu que se calassem porque eles mais atrapalhavam do que ajudavam (tenho certeza que você não conhece ninguém assim… só eu).

Ao final, embora todos não tenham se aproximado muito do que fora solicitados pelos chefs, a senhora do grupo (Geração X), conseguiu salvar sua massa e com humildade, ouvia as críticas dos chefs e se saiu como a melhor na prova. A jovem que não quis ouvir os colegas, precisou ouvir duras críticas dos chefs, mas o pior era a expressão… totalmente insatisfeita e sem demonstrar gratidão por ter alguém desse calibre para ensiná-la.

Isso tudo me fez querer provocar vocês quanto ao preparo técnico e emocional para as oportunidades do mercado. Somos uma geração de arrogantes, mimados e vaidosos. Esquecemos a importância de ouvir a sabedoria daqueles que sabem do questão falando. Além disso, brigamos e confrontamos o tempo todo quem tenta nos ajudar e acabamos por afastar as pessoas que devem estar conosco ao longo do caminho.

Quem é você no MasterChef e na vida? A pessoa que erra e busca autocontrole para contornar a situação e se permite aprender e ouvir os mais experientes, ou o espírito eternamente jovem mimado, que se acha bom demais e incompreendido?

106/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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