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Quem somos, afinal?

Amigos leitores,

Não sei quanto a vocês, mas tem sido cada vez mais difícil viver na configuração de mundo e sociedade que nos é apresentada no tempo presente. Não falo da maldade. Ela existe, desde sempre, mas ela é um espectro da nossa natureza. Isso quer dizer que temos a capacidade de escolher o que prevalece dentro de nós, no âmago, na alma.

E o que vemos muito são manifestações que mostram que, no geral, a bondade tem sido preterida.

Habitamos um mundo de humanos que usam as palavras bom, bonzinho, boazinha e bondade como sinônimos para idiota, fraco, frágil, despreparado e inútil. E isso me traz alguns questionamentos: será então que nesses vorazes jogos que jogamos todos os dias e que alguns ainda insistem em chamar de vida, no final quem se dá bem mesmo é quem conspira, quem usa a fragilidade alheia para crescer, para prosperar, para prevalecer?

Há muitos, mas muitos anos eu não parava em frente à TV para assistir o Big Brother Brasil. Já fui crítica do BBB, já fui indiferente, mas nunca fui uma autêntica observadora e audiência típica do programa. Contudo, nesses dias de tantas bizarrices no comportamento humano, marido e eu temos visto alguns episódios, especialmente nos dias de votação e nos dias de “predão”, quando um dos indicados para saírem da casa, voltam à realidade.

Recentemente acompanhamos os edpisódios mais cruciais, quando dois grupos principais foram colocados em confronto. E quando em uma falsa saída dupla fez os participantes acreditarem que uma delas havia saído de fato. Enfim, o retorno da participante causou uma grande surpresa e o jogo virou…

Fica muito claro, com base no jogo Big Brother Brasil, que embora haja pessoas que creem firmemente nessa lógica de que se você não jogar, conspirar, enxergar outros como concorrentes você não avançará, na realidade, ninguém suporta ter pessoas que vivam dessa forma por perto.

A questão é exatamente a falta de originalidade. Deixamos de ser nós mesmos. Hoje buscamos vários recursos para nos adaptarmos aos moldes sociais, que a maioria considera apropriado. Nos tornamos objetos na teia relacional que a sociedade doentia na qual vivemos criou. E quem perde com isso? Todo mundo. Isso explica porque banalizamos o que é sério e nos comovemos com o que não deveria ter tanta importância. São tempos de valores invertidos, onde nossa natureza tem sido colocada à prova, porém em algum momento teremos que enfrentar as consequências de nossas ações…

O que resta saber é para onde estamos indo e quem estamos nos tornando. São tempos muito, mas muito difíceis.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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Comentários (1)

  1. Ohhh querida Marcela,

    Depois desse seu “desabafo”, acho que posso chama-lo assim, me sinto como você! Parece que tudo está de cabeça para baixo. Me sinto muitas vezes lutando contra a maré.Há um dificuldade de sermos correto, legítimo. E quando temos oportunidade de falar, expressar a verdadeira verdade, que é aquela que Deus quer, somos interpretados de forma errônea. Como pode num mundo tão atualizado (globalizado, digitalizado, enfim…) alguém acreditar que existir um Deus que quer mudar toda essa realidade cruel através de nós? Eu creio! E todos os dias, faço um esforço enorme, para que essas coisas que ouço e vejo não afoguem minha fé e meu desejo mudança das pessoas.

    Beijos.

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Marcela Brito - 2009-2021