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Ainda bem que existem os amigos

Amigos leitores,

Há dois dias escrevi sobre um caso de frustração no campo dos relacionamentos profissionais e com o qual tracei um paralelo com a série estadunidese House of Cards. No mesmo dia uma amiga viu a chamada do artigo em uma rede social e comentou aquele que, para mim, foi o comentário mais significativo:

“Ainda bem que para cada ‘House of Cards’ existe um ‘Friends’.”

Sim, aquilo bateu como um bálsamo e este texto é para fazer essa relação. Esse comentário me fez refletir sobre como aas coisas aconteceram para mim em Brasília, em termos de construção de relacionamento, visibilidade, alcance de público e parcerias firmadas. Quando você masceu e viveu ou, no mínimo, residiu a maior parte da vida em um lugar, você é fruto da própria cultura daquele lugar.

Mas se você não é parte dessa cultura é um enorme desafio acessar os espaços sociais das pessoas que viveram a maior parte do tempo nesse lugar. Existe uma necessidade de leitura e interpretação dos guetos, da linguagem, do estilo de vida, da forma como as pessoas se relacionam e por aí vai.

Cheguei aqui em 2013 com uma bebê de 1 mês nos braços e parte do que acumulara no Rio de Janeiro, purgatório da beleza e do caos. Lancei meu primeiro livro em fevereiro de 2015 e fui convidada para fazer minhas duas primeiras palestras aqui em Brasília em maio do mesmo ano. O mais interessante é que em minha segunda palestra sobre o tema de meu livro a pessoa que me convidou era minha estagiária, minha pequena Eva.

Em uma cidade como Brasília, onde o frio das relações é o modo padrão da cultura de uma cidade construída com base em quadrados e, naturalmente, a vida se desenvolveu para que cada um ficasse na sua, com seu grupo, seus vizinhos e seus conflitos, o diferencial é trazer calor. Ao sorrir, abraçar, brincar e olhar (OLHAR) para as pessoas, você mexe com algo dentro delas que está adormecido e entorpecido pelo distanciamento humano que se estabeleceu.

Minha maior estratégia no planalto central foi simples: ser eu, tentando manter e conservar o ar de menina do interior que tem sonhos, luta por eles e, ao invés de passar por cima das pessoas, prefere dar as mãos. De lá para cá, já passou muita gente, mas o saldo ainda é positivo. Porque a cada temporada, uma série como Friends vai fazendo a gente ficar mais grudado e apaixonado. E sim, ainda bem que a cada temporada de ‘House os Cards’ há muitas outras de ‘Friends’ que fazem a vida valer a pena e nos impulsiona para frente.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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